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Um olhar relativo da saúde

  • Foto do escritor: Saude Coletiva
    Saude Coletiva
  • 29 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de fev. de 2018

Definia-se saúde como a ausência de doenças, porém hoje este conceito estende-se e vai para além do universo da patologia. Estar saudável significava o estado de completa normalidade da mente e do corpo, que agora inclui o bem estar social, este que contém fatores que atuam direta e indiretamente na vida de cada indivíduo. Porém deve-se refletir sobre o que é essa “completa normalidade”, como se alcança essa perfeição e se realmente é possível alcança-la.

Começo dizendo que podemos ver o “estar doente” ou “ estar saudável” como algo relativo. Por exemplo podemos distinguir as condições fisiopatológicas da vivência da enfermidade do paciente, que inclui a experiência de estar doente. Cada um “recebe” a doença de uma forma diferente do outro, essa percepção é algo pessoal e único. O individuo traz através de suas crenças, modos e concepções interpretações diferentes do fato de estar doente ou com saúde. Explicando melhor, tomemos a surdez como exemplo, no fisiopatológico o individuo surdo é doente, porém dependendo das crenças desse individuo ele não se considera doente e ver isso como uma dádiva. Por isto digo que estar doente torna-se algo relativo e que para se definir “ o completo estado de normalidade” e alcança-lo tem que inserir em um contexto que lhes empreste sentido, a partir da experiência íntima do sujeito. Para assim falar de bem-estar, felicidade ou perfeição para um sujeito dentro de suas crenças e valores. Podemos relativizar também o que são “ hábitos saudáveis”, que podem ser coisas totalmente distintas, nas diversas culturas, porém que de modo diferente suprem a necessidade do corpo desses indivíduos.

Para concluir, vamos pensar o porquê é importante entender a relatividade desses dois conceitos, poia a preocupação dos médicos não deveria ser apenas identificar e tratar a doença como entidade clínica, mas terem em conta esta dimensão antropológica ou biopsicossocial, que influencia significativamente o processo terapêutico e é indispensável para que uma decisão médica, correta do ponto de vista biomédico, possa também ser considerada uma decisão ética.


Ana Paula

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